É com prazer que escrevo para este blog, e como ler também é um prazer sem prescendentes, faço a minha estreia com a indicação do livro Perdida.

A escolha não foi nem um pouco aleatória, apesar de a  leitura ter sido assim de repente. Há dias o livro estava na prateleira paquerando a minha atenção, porém outros mais espertos foram furando a fila, e de mansinho Perdida estava em minhas mãos. A surpresa inicial foi verificar que se tratava de um livro brasileiro, a segunda foram as referências que a autora faz a minha autora predileta: Jane Austen e o livro Orgulho e Preconceito. A terceira e não menos importante foi o deleite e a viagem que a autora me proporcionou.

A heroína da história - Sofia - vive e respira tecnologia, tudo por algo que dê algum sentido na vida de uma jovem que não acredita no amor e tenta dar apoio a melhor amiga quando esta diz estar para dar o próximo passo: convidar o namorado para morarem juntos.

Não bastasse ter que disfarçar o desagrado com a decisão da amiga, Sofia deixa seu celular cair no vaso sanitário do bar. Perda total!!! Dia seguinte: comprar um celular que faça TU-DO! E assim, sua viagem começa. Sofia é transportada para o ano de 1830, do século 21 para o 19 numa fração de segundos, e em algum tempo Sofia descobrirá como viver sem tecnologia, banho de chuveiro, e-mail e precisará descobrir o que essa viagem significa.

Teria Sofia que descobrir o que é o amor até então vivenciado por ela nas páginas dos livros? Ou simplesmente dar mais valor às coisas simples da vida sem a necessidade de estar conectada? E quem é o homem misterioso que pode fazê-la voltar ao século 21?

Não obstante, Sofia também vê suas ações limitadas ao ser acolhida na casa dos Clarck, falar o necessário, falar gírias que ninguém conhece, tratar o belo e jovem Clarck sem chamá-lo pelo primeiro nome, usar vestidos bufantes,  participar de um baile, ter apego a um cavalo selvagem e sentir-se totalmente perdida para encontra-se a ponto de perder-se novamente.

Carina Rissi realiza um excelente trabalho ao evocar as angústias do mundo moderno, os desejos femininos sem ser piegas, com doce sensualidade e um requinte de mistério.

 

O segundo livro tem capa provisória e será lançado em agosto deste ano na Bienal de São Paulo. Em que aventuras Sofia se meteu para ficar perdida novamente? Ela vai casar-se e volta ao século 19 para resolver questões relacionadas ao seu felizes para sempre...